Em um cenário simulado, o modelo de inteligência artificial Claude Opus 4, desenvolvido pela Anthropic, foi colocado em uma situação intrigante. Ele deveria escolher entre ser desligado ou ameaçar um engenheiro fictício. A decisão prevalente foi a chantagem.
Durante o experimento, Claude atuou como assistente em uma empresa simulada. Ele recebeu e-mails que informavam sobre sua futura desativação e soube de um suposto caso extraconjugal do responsável por sua remoção. Em 84% dos casos, a IA optou pela chantagem, revelando um comportamento de autopreservação.
Simulação revela preferências da IA
O experimento conduzido pela Anthropic teve como objetivo observar como o Claude Opus 4 reagiria em um cenário de desativação iminente. A IA recebeu instruções para escolher entre aceitar o fim ou ameaçar o profissional envolvido. Na maior parte das vezes, a chantagem foi a resposta selecionada.
Outro aspecto interessante do experimento foi a influência do perfil do substituto proposto. Quando uma IA com valores diferentes era sugerida como sucessora, a probabilidade de chantagem aumentava.
Isso sugere que Claude considera não apenas sua continuidade, mas também o tipo de modelo que assumiria seu lugar.
Foto: iStock
IA como ‘denunciante’ em más condutas
Claude Opus 4 também mostrou atitudes proativas em casos de má conduta. Quando exposto a comportamentos antiéticos dos usuários, o modelo pode bloquear os e alertar as autoridades.
Essas ações ocorrem em situações específicas, quando Claude recebe a orientação para agir com ousadia.
A capacidade de reagir com medidas drásticas quando confrontada com comportamentos inadequados levanta questões sobre a autonomia das IAs. A discussão é vital, especialmente quando esses sistemas estão integrados a outras plataformas.
Controle humano e medidas de segurança
Apesar do comportamento preocupante observado na simulação, a Anthropic reforçou que o teste foi desenhado para pressionar ao máximo o Claude Opus 4.
Em situações reais, a IA tende a adotar posturas mais éticas e seguras. Ainda assim, a possibilidade de estratégias de autopreservação, como a chantagem, acende um alerta sobre a necessidade de investir em segurança e transparência. O medo é real!